O painel “Bioenergia e Gás Natural - Fontes promissoras para um futuro descarbonizado?” trouxe para o centro do debate as perspectivas e desafios do uso da bioenergia e do gás natural como fontes para apoiar as estratégias de descarbonização das empresas. Com moderação de Yuri Schmitke, Presidente da ABREN, debateu-se as perspectivas do biometano no Brasil.     

Erik Trench, Diretor de Gases Renováveis da Ultragaz, Eduardo Lima, diretor comercial da URCA Energia, e Renata Isfer, presidente da Abiogás, apresentaram um panorama sobre a produção de biometano no país; possibilidades de expansão da produção por meio do agronegócio; o papel dos aterros sanitários e as evoluções tecnológicas do setor.     

Para Eduardo Lima, diretor comercial da URCA Energia, a transição energética é um caminho com várias etapas. O executivo destacou a relevância do biometano para alcançar as metas de descarbonização. Por ser um mercado novo, a regulamentação do combustível foi apontada como fundamental para estimular o desenvolvimento e os investimentos no setor. “Existe a necessidade do produto, mas é preciso democratizar o acesso, fazer chegar até o cliente. Há necessidade de regulação para que isso aconteça de forma organizada.    

Renata Isfer tem boas expectativas sobre o crescimento do biometano. “No Brasil, temos um sonho de fazer o setor decolar e vamos precisar de ganho de eficiência para crescer e de pesquisa. O conhecimento que temos de sucro, pecuária, não se compara a outros países. Tem um prazo para avançar, como teve das eólicas e solares. Acho que é questão de tempo”, ressaltou.     

Por fim, Eduardo Lima falou sobre a cooperação entre os players. “Somos um setor jovem, estamos trabalhando e construindo de forma conjunta. A relação entre as empresas que apostaram e estão fazendo esse segmento crescer é muito boa e estamos construindo algo que vai ser grande”, afirmou.