ARENA EFICIÊNCIA & TECNOLOGIA

Eficiência Energética no Agronegócio


As contribuições do Agronegócio para a produção de fontes de energia sustentáveis foi tema do painel “Eficiência Energética no Agronegócio”. Moderado por Maurício Moraes, sócio e líder do setor de Agribusiness da PwC Brasil, o debate contou com a participação de Rafael Hernando de Aguiar Gonzalez, Diretor Presidente da CIBiogás e José Piñeiro, gerente comercial de energia e biomassa BP Bunge.     

O setor sucroenergético está no centro do tema e José Piñeiro destacou que a sustentabilidade está no DNA do negócio, pela produção do etanol, e ressaltou a expectativa de expansão. “Nós somos renováveis por natureza, produzimos uma fonte que substitui há muitos anos o combustível fóssil. Estamos nessa agenda global de redução de carbono e há mercado amplo para crescer. O SAF é um mercado promissor, temos também estudos sobre o biometano”, explicou.    

Outro tema abordado no painel foi o papel do agronegócio na produção de fontes como o biogás e o biometano. Segundo Rafael Hernando, o mercado de biometano começou a se desenvolver no Brasil há cerca de 4 anos e já ocupa 35% do volume de produção, deslocando a lógica de energia elétrica para combustíveis. Hoje, existem 50 plantas no país e a média de crescimento de novas plantas é de 32% a cada ano.     

Questões regulatórias e a necessidade de diferentes incentivos para os mercados de energias renováveis, de acordo com sua especificidade, também fizeram parte do debate. “Geração a partir da biomassa hoje não é competitiva. Existem vantagens, além de ser uma energia renovável. Dentro da safra da cana, há pouca variação e praticamente nenhuma intermitência. Temos uma função importante em termos de matriz elétrica, mas o Estado deixou de olhar de forma estratégica e está colocando tudo no mesmo balaio, como se a competição fosse na mesma base de custos. O crescimento de energia precisa vir de diferentes fontes” destacou o executivo da BP Bunge.