ARENA EFICIÊNCIA & TECNOLOGIA

Evolução Tecnológica: Parques Offshore


Para atingir as metas globais de redução de emissões de CO2 e de triplicar a participação das renováveis na matriz mundial, a eólica offshore, por sua larga escala, tem papel essencial. Hoje, no mundo, a eólica offshore gera 85 GWh e a fonte está se tornando cada vez mais competitiva no cenário global. As oportunidades deste mercado foram tema do painel “Evolução Tecnológica: Parques Offshore”.     

Para Ricardo de Luca, Diretor da Corio Generation, e Edisiene Correa, Business Development da Shizen Energy Group, o avanço da eólica offshore no país depende da regulamentação do setor. Segundo o moderador Matheus Noronha, Head of Offshore Wind Energy da ABEEólica, “A lei é só o começo, mas, sem esse arcabouço legal, não teremos empresas e capital humano para trabalhar uma indústria capaz de atrair bilhões. A conversa é agora para ter eólicas offshore em 2030”.    

Edisiene reforçou que a falta de clareza legal está inibindo investimentos em projetos no Brasil. “A perspectiva para cada giga, segundo dados de um instituto do Reino Unido, é gerar 15 mil empregos diretos ao longo da cadeia eólica offshore. Vamos ficar sentados esperando perder a oportunidade? O Brasil tem águas rasas e vento contínuo. É um país abençoado em relação a renováveis e temos uma matriz energética que é exemplo. Podemos transformar isso para ficar ainda melhor e até exportar essa energia”, pontuou a executiva.     

A sinergia com a indústria de óleo e gás, já consolidada no Brasil, foi outra vantagem competitiva apontada. “Temos grandes petroleiras operando, o que requer ter todas as empresas de apoio, para fazer instalações, operações, manutenções. Com isso, as empresas que a eólica offshore vai utilizar já estão instaladas no país”, explicou Ricardo de Luca, que ainda destacou a excelência nos procedimentos operacionais e de segurança desses fornecedores.