No Painel “Hidrogênio Verde - Construindo o hub dos sonhos”, Fernanda Delgado, CEO da ABIHV, abriu sua participação citando o marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono aprovado no Senado Federal. Isso pode destravar um potencial de R$ 7 trilhões de investimentos diretos e indiretos que vão gerar milhares de empregos e permitir a redução da pegada de carbono das indústrias nacionais, incluindo o refino de petróleo.     

Tatsumi Igarashi, head de Hidrogênio Verde da Neoenergia destacou que o projeto aprovado pelo Senado é um divisor de águas para o Brasil. “O próximo passo é termos o mercado de carbono regulado para incentivar ainda mais as empresas a investirem na descarbonização das suas operações.”, afirmou. Tema do painel, os hubs são importantes porque podem criar uma central de produção atraindo indústrias de fertilizantes, de produção de metanol, de alimentos e petroquímicas. O modelo de negócios será esse no futuro. “Essa reunião de todos no mesmo ecossistema reduz os custos de operação.”, ressaltou Fernanda Delgado.    

Para Juliana Marreco, consultora da Peoplenergy Consulting, o principal é ver que o país tem um mercado nacional consistente antes de pensar na exportação de H2V. “Acredito que esse será o foco inicial do novo combustível no Brasil. Nas indústrias, o desafio é maior porque há necessidade de adaptação de processos, o que vai levar tempo.”, disse.    

Rui Altieri, diretor de Programa do MME, reforçou que o Brasil tem uma rede de transmissão bastante confiável. Isso garante energia renovável 24 horas para qualquer produto, atendendo a demanda por H2V. Um diferencial que nenhum outro país tem.