Painel de CEOs - Diálogos sobre Mercado e Futuro


O “Painel de CEOs - Diálogos sobre Mercado e Futuro” debateu os impactos das transformações vividas pelo setor elétrico que podem destravar novos projetos e empreendimentos de energia renovável e possibilitar novos investimentos, com destaque especial para o ambiente regulatório.    

De acordo com Daniela Alcaro, CEO da Stima Energia, a discussão não é se a abertura do mercado vai ocorrer, mas sim quando. Várias empresas já trabalham com essa possibilidade de abertura ligada também à baixa tensão. Em função disso, ela imagina as distribuidoras com um papel muito mais ativo com relação aos consumidores. A estratégia da Stima Energia é atuar mais no atacado.    

Para Ricardo Cyrino, CEO da Evoltz, na visão do investidor que vem para o Brasil para ficar por muitos anos, são fundamentais a governança clara e sólida, estabilidade regulatória e previsibilidade sobre como vai ser o processo a longo prazo, com regras claras definidas a partir do diálogo com todos no setor. Ele destacou também que os subsídios precisam de começo, meio e fim para a correta alocação de custos e riscos. Para concluir, reforçou a importância da transmissão porque, sem ela, não tem transição energética.     

Reynaldo Passanezi Filho, CEO da Cemig, ressaltou que a transição energética e a IA são uma realidade do setor elétrico porque a inteligência artificial consome muita energia, que precisa ser renovável, e isso é uma oportunidade incrível para o Brasil. “É vital atrair demanda de energia elétrica para o Brasil. Como o país pode aproveitar essa oportunidade única? Esse é o nosso grande desafio”, afirmou.    

Dri Barbosa, CEO da N5X, concordou que a abertura de mercado vai crescer e intensificar. “Mas quando se olha para um processo de liberalização para o consumidor, primeiro é muito importante desenvolver o mercado de atacado com contratos de compra e venda de energia elétrica”, reforçou.