TRILHA MERCADO E CONSUMO

Panorama LATAM: Integração energética como prioridade estratégica


Com moderação de Sofia Maia, Head of Country Transition Research da BloombergNEF, o painel “Panorama LATAM : Integração energética como prioridade estratégica” debateu os caminhos para viabilizar uma integração energética concreta na América Latina e os desafios técnicos e financeiros para levar a energia a quem precisa. Rubens Rosental, pesquisador sênior – Gesel UFRJ iniciou sua fala reforçando que, para discutir integração, é necessária uma articulação política independente de mudanças no governo. É preciso ter uma política de estado com acordos entre os países que estimulem o avanço dos investimentos. “A necessidade de investimento para integração é básica”. A venda de excedente de energia também foi citada pelo especialista como uma estratégia para otimizar custos.     

Alessandra Amaral, diretora executiva da ADELAT, explicou o trabalho da associação e fez uma análise sobre as diferenças nos modelos de concessão dos países latino-americanos. A diversidade de recursos estratégicos para transição energética e a matriz energética limpa foram destacados como pontos fortes da região pela economista que reforçou a importância de uma atuação integrada para explorar todo o potencial da América Latina. A necessidade de um plano estratégico de longo prazo também foi citada como fundamental para segurança jurídica do investidor.     

Márcio Szechtman, Líder do Comitê Técnico Mundial – CIGRE, pontuou a falta de integração entre projetos binacionais e de projetos desenvolvidos para mais de dois países na América Latina. Ele enfatizou a importância de se desfazer a crença de que energia é um patrimônio nacional para aceleração de projetos e investimentos. “Na Europa, os sistemas de energia são todos interligados. Seria um sonho ter isso na nossa região. Já estamos integrados no que se refere aos impactos dos eventos climáticos. É uma pena não estarmos integrados energeticamente também”.