TRILHA ENERGIA LIMPA

Solar - Eficiência Energética através da Autoprodução


Em que fase estão as diferentes experiências no Brasil com os sistemas fotovoltaicos e a autogeração? Esse foi o tema central do painel “Solar - Eficiência Energética através da Autoprodução”, que reuniu líderes do setor elétrico e representantes de empresas consumidoras que já estão no ambiente de contratação livre.     

“A geração distribuída é a liberação do mercado feita naturalmente. É a fonte que mais cresce no mercado livre”, disse o moderador Marcio Trannin, vice-presidente do Conselho da Absolar. Ele citou a politização do setor questionando decisões já pactuadas como um dos principais desafios. Isso demanda uma revisão profunda do marco regulatório brasileiro porque cria insegurança jurídica.    

Lucas Attademo, gerente de Utilities e Eficiência Energética do Assaí Atacadista, observou que a energia elétrica é o segundo maior custo do varejo. Para ter maior controle sobre essa despesa e sobre a qualidade do insumo, o Assaí faz a gestão de energia in house, em conjunto com uma empresa contratada de inteligência de mercado. Ana Carla Petti, diretora de Assuntos Regulatórios da Comerc Energia, destacou que a Comerc trabalha com produtos e serviços com soluções customizadas para cada tipo de consumidor. “Pode ser a geração distribuída ou a autoprodução participando do mercado livre. Isso torna os custos de energia mais previsíveis e traz maior segurança no suprimento”, afirmou. Essa solução permite também deixar de pagar uma parcela dos encargos setoriais equivalentes à parcela autoproduzida. Segundo Ana Carla, é uma solução mais adequada para grandes e médias cargas em função dos riscos de construção e implantação.    

Fabio Bortoluzo, general manager da Atlas Renewable Energy, reforçou que ser 100% dono operador da planta de energia é uma forma de tirar o risco da inflação. Ainda é uma solução restrita a algumas empresas, mas é um outro nível de vantagem com a autoprodução.